Quando falamos em duplas do cinema, poucos podem se orgulhar de ter tanta química quanto Tom Hanks e Meg Ryan. Sucesso nos anos 90, os atores foram uma dupla famosa antes da virada do século, participando de três produções em um intervalo de 8 anos. O resultado dessa parceria seria lembrado até os dias de hoje, com clássicos que vão de indicados ao Oscar até produções mais originais e extravagantes.

Antes que se encontrassem e Hanks se tornasse um dos nomes mais badalados da sétima arte, o ator já era um nome relativamente conhecido entre o público, com produções que incluem Splash: Uma Sereia em Minha Vida, Quero ser Grande e Meus Vizinhos são um Terror. Meg Ryan, por sua vez, não ficaria muito atrás, ficando conhecida como “a namorada da América” devido às suas comédias românticas. Infelizmente, essa união se limitaria aos anos 90, mas renderia bons clássicos antes que chegasse ao fim. E aqui está a lista com todos eles.

Joe Contra o Vulcão (1990)

Tom Hanks e Meg Ryan

A primeira colaboração da dupla foi um fracasso de bilheteria, mas isso não quer dizer que foi uma estreia ruim. Embora Joe Contra o Vulcão tenha sofrido com críticas mistas na época do seu lançamento, o tempo parece ter inocentado essa produção, que se tornaria um clássico cult com o passar dos anos. Na história, acompanhamos Joe (Tom Hanks), um homem apático e de poucos amigos que acredita estar sofrendo de uma doença terminal conhecida como “nuvem no cérebro”. Certo do seu destino, ele aceita uma oferta para ir a uma ilha tropical e se jogar em um vulcão, mas acaba se apaixonando por Meg Ryan pelo caminho.

A história exótica que marcaria a estreia do dramaturgo John Patrick Shanley nos cinemas é uma dessas tramas originais repletas de simbolismo, mas que encontraria dificuldade para conquistar o público em geral. Apesar disso, Tom Hanks e Meg Ryan não decepcionam no que diz respeito à sinergia, formando um casal digno de uma comédia romântica. Meg, aliás, interpreta três personagens no filme, indo de uma colega de trabalho de Joe até duas irmãs idênticas de personalidades distintas. A título de curiosidade, o longa também conta com uma música brasileira na trilha sonora, com o clássico de Sérgio Mendes, Mas que Nada, dando o ar da graça em uma cena do filme (algo sempre bem-vindo).

Sintonia de Amor (1993)

Tom Hanks e Meg Ryan

Tido por muitos como uma das melhores comédias românticas dos anos 90, Sintonia de Amor acompanha a história de Sam (Hanks), um viúvo enlutado que ainda sente a perda da esposa, e Annie (Ryan), uma mulher cheia de expectativas que se apaixona pelo homem após ouvir um anúncio na rádio. Dirigido pela diretora Nora Ephron, o longa é inspirado no clássico de 1957 Tarde Demais para Esquecer, e recebeu duas indicações ao Oscar daquele ano.

A comédia romântica que mostra Meg Ryan e Tom Hanks aparecendo juntos por menos de dois minutos se mostrou um sucesso de audiência, alcançando boas críticas e expressivos US$ 227 milhões em bilheteria. Curiosamente, Ryan não foi o primeiro nome para a personagem, que também seria oferecida para Julia Roberts e Kim Basinger. Graças a recusa das atrizes, no entanto, e o fato de Nora e Ryan já terem trabalhado juntas em Harry e Sally: Feitos Um para o Outro, Meg assumiu a protagonista, atuando ao lado de Tom em sua penúltima colaboração para as telas.

Mensagem para Você (1998)

Tom Hanks e Meg Ryan

Cinco anos mais tarde, e uma série de filmes depois – incluindo Forrest Gump, Toy Story e O Resgate do Soldado Ryan –, Tom Hanks e Meg Ryan estariam de volta para uma última colaboração: Mensagem para Você. Lançado dois anos antes da virada do ano, o longa conta a história de Kathleen (Ryan) e Joe (Hanks), dois rivais nos negócios que passam a trocar mensagens românticas pela internet sem saber da disputa no trabalho.

Novamente com direção de Nora Ephron (responsável pela última colaboração da dupla), o filme foi mais um sucesso comercial, rendendo aos cofres do estúdio US$ 250 milhões. Após quase uma década de produções e três filmes românticos depois, Tom Hanks e Meg Ryan decidiram dar um tempo nessa união, tomando caminhos diferentes e jamais voltando para uma colaboração – por mais que a química do casal nunca tenha diminuído.