A saga de Harry Potter e sua vida na escola de feitiçaria de Hogwarts está repleta de objetos mágicos interessantes e que todos gostaríamos de ter, mas dificilmente algum consegue superar o famoso Mapa do Maroto. Criado pelo próprio pai de Harry e seus amigos durante sua época de estudante de Hogwarts, o item é um objeto indispensável na vida de qualquer traquineiro que se preze, permitindo descobrir a localização de todos à sua volta, além da maior parte dos segredos do famoso castelo.
No entanto, alguns mistérios parecem pairar sobre a criação desse objeto e como exatamente ele funciona. Além disso, não são todos que podem usar o Mapa do Maroto, precisando passar por um juramento solene e de extrema importância. Por isso, nada mais justo que apresentarmos a história dessa relíquia mágica, e como, afinal de contas, ela funciona.
Quem foram os criadores do Mapa do Maroto?
O mapa do Maroto foi criado pelo pai de Harry, James Potter, e seus colegas Remo Lupin, Pedro Pettigrew e Sirius Black, por volta dos anos 70, ainda durante a época dos estudantes em Hogwarts. Para a tarefa, os amigos utilizaram de suas transformações em animagos, além da famosa Capa de Invisibilidade, para catalogar cada canto do colégio (mesmo os adjacentes a escola), e empregaram do feitiço de Homonculous para detectar as pessoas que andassem por ele.
Diferentemente de um mapa comum, o Mapa do Maroto permitia aos amigos saberem em tempo real a localização exata de cada indivíduo que andasse pelos territórios do castelo, com um nome e uma mancha de tinta mostrando a posição do professor ou aluno. Além disso, a maioria dos segredos do castelo também haviam sido catalogados, fazendo com que fosse possível se esconder e caminhar livremente na maior parte do tempo.
Como o Mapa do Maroto funciona?
Para que funcionasse e o Mapa do Maroto mostrasse as localizações do colégio, era necessário fazer um juramento pouco usual: “Juro solenemente fazer nada de bom”. Com isso, o mapa encantado mostraria as localizações não apenas de Hogwarts, mas também dos arredores do castelo e as posições em que cada indivíduo nele estivesse. Nos filmes, ainda era possível ver um rastro de pegadas no chão, indicando a direção em que o aluno ou professor caminhavam, juntamente de seu nome sobre o pergaminho.
Vale pontuar que o juramento não deve ser levado muito a sério, não havendo indícios de que o mapa de fato tenha sido empenhado em uma tarefa verdadeiramente ruim. Acontece que como os garotos invariavelmente quebravam as regras do colégio (a ponto de criarem um mapa para isso), a solenidade servia como uma brincadeira entre os amigos, e pontuava como dificilmente a tarefa empregada ao utilizarem o mapa seria de alguma utilidade real.
Caso algum bisbilhoteiro se aproximasse e os visse vagando com o famoso mapa em mãos, bastaria um deles tocar novamente com a varinha e selá-lo com as palavras mágicas: “Malfeito feito”. Com isso, o mapa voltava a ser um pergaminho comum, longe de qualquer suspeita das atividades censuráveis de seus donos.
Por que Snape foi proibido de usar o mapa?
Em Harry Potter e o Prisioneiro de Azkaban (2004), Snape nos deu uma amostra do que acontece caso alguém tente abrir o mapa sem suas famosas palavras mágicas, e o resultado não poderia ser pior. Ao se deparar com o objeto nas mãos de Harry, e não sabendo se tratar do mapa dos Marotos, Snape utiliza um simples feitiço de revelação e pede para que seu conteúdo seja lido em voz alta.
Embora o conteúdo não tenha sido transmitido em sua totalidade, o pouco que foi dito se provou suficiente para entendermos não ser uma boa ideia abri-lo sem as palavras certas, com o mapa apresentando ofensas nada conciliadoras para nosso querido professor de Hogwarts. Com isso, teorias de que um encanto contra o arqui-inimigo dos Marotos havia sido deixado para Snape passaram a surgir, com parte dos fãs acreditando se tratar de outra das famosas brincadeiras de James contra seu eterno rival Mestiço.
Ainda que a desavença entre o Príncipe Mestiço e Potter pudesse ter sido uma justificativa plausível para que Snape não pudesse lê-lo, a verdade é que o mapa não carrega necessariamente um encanto contra o famoso Comensal. Ao invés disso, o que ocorre é que Snape apenas não utilizou as palavras certas para abri-lo, e tentou ler seu conteúdo sem fazer o solene juramento dos Marotos. Caso o tivesse feito, é provável que Snape conseguisse lê-lo, embora ninguém possa garantir que James de fato não teria deixado um presentinho para seu antigo colega.
O mapa não era infalível
Embora possuísse quase todas as localizações do castelo, dois locais, em específico, nunca apareceram sobre o pergaminho dos Marotos: a Sala Precisa e a Câmara Secreta. Ainda que não tenha sido devidamente explicado, a razão mais provável é que os amigos simplesmente nunca tenham tido a chance de entrar nesses locais, ou, se entraram, não acharam por bem mapeá-los em seu projeto secreto.
Além disso, o mapa também não registrava mais do que dois nomes em seu manuscrito, fazendo com que pessoas com nomes e sobrenomes iguais acabassem sendo confundidos facilmente. Um exemplo disso acontece em Harry Potter e o Cálice de Fogo (2005), quando Harry confunde Bartô Crouch Junior com o seu professor e pai do jovem, Bartô Crouch Sr., durante uma das missões do aluno.
O detalhe, embora tenha se mostrado importante para Harry, pode ter passado despercebido pelos Marotos, já que a intenção nunca foi usar o mapa para localizar alguém em específico, mas manter distância das pessoas quando precisassem sair do colégio.
Como Harry Potter conseguiu o Mapa do Maroto
Após anos sendo utilizado pelos Marotos em suas fugas do colégio, Argo Filch, o zelador de Hogwarts, acaba confiscando o Mapa e guardando em um armário sob seu domínio, de onde James e seus amigos nunca conseguiram recuperá-lo. Anos mais tarde, Fred e Jorge Weasley encontrariam o objeto, e passariam a utilizá-lo em suas andanças pelo castelo.
Quando já haviam descoberto todos os locais que julgavam importante em Hogwarts, os irmãos Weasley presenteiam Harry, que passa a usar o mapa em várias de suas missões na franquia. No fim, após deixar Hogwarts e se dedicar aos afazeres da vida adulta, Harry continuou com o mapa e o manteve guardado junto com sua varinha e a Capa da Invisibilidade de seu pai. Um arsenal mágico daqueles!