Remus Lupin é um nome importante em Harry Potter. Com cinco participações em oito filmes da franquia, o personagem foi uma das figuras centrais da história, ajudando o protagonista em varias de suas missões. Acontece que o Ex-Professor de Defesa Contra as Artes das Trevas não era um bruxo perfeito, fugindo de problemas, omitindo informações e carregando uma condição pouco invejável no mundo da magia: a licantropia.
Responsável por transformar o gentil professor em um lobisomem de poucos amigos, Lupin nunca escondeu a melancolia entorno da sua situação problemática. No universo de Harry Potter, assim como em outras histórias e lendas do folclore, a licantropia é transmitida somente pela mordida de outro lobisomem, o que significa que Lupin não nasceu com essa condição. O responsável por ela foi Fenrir Greyback, um nome conhecido no mundo bruxo e dos fãs da franquia. Mas você sabe como isso aconteceu?
Lupin foi transformado em Lobisomem quando criança

Lupin se tornou um lobisomem aos 4 anos de idade, ao ser mordido por Fenrir Greyback em uma vingança contra o seu pai. O episódio ocorreu após Lyall Lupin, o pai de Remus Lupin, ir contra Greyback em um julgamento, afirmando que o licantropo merecia a pena de morte. Lyall também era um conhecido opositor aos lobisomens, defendendo que eles não possuíam alma e eram criaturas malignas.
Em vingança contra os comentários, Fenrir decide atingir o filho de Lyall, indo no quarto de Remus e o atacando enquanto dormia. Embora o patriarca dos Lupin tenha chegado a tempo de expulsar o invasor, o objetivo estava cumprido, e Remus havia sido infectado com a licantropia – condição que o acompanharia pelo resto da vida.
Apesar de transformado, Lupin nunca se tornou um lobisomem como Fenrir

Embora ainda perdesse o controle e pudesse colocar outros bruxos em perigo, Lupin nunca aceitou se tornar um lobisomem como Fenrir. Mesmo quando transformado, o mentor de Harry fez de tudo para manter a própria humanidade, permanecendo firme em sua decisão e evitando a todo custo ferir outras pessoas. Apesar da licantropia e do preconceito sofrido, Remus jamais se deixou levar pela situação, e ao contrário de Fenrir que ia em áreas povoadas em noites de lua cheia, buscava se isolar e não aterrorizar outros bruxos.
Enquanto o vilão nutria uma aparência bestial até mesmo em sua forma humana, Lupin buscou meios de mitigar os efeitos de sua transformação, chegando ao ponto de conseguir manter a consciência usando a Poção Mata-Cão. Embora ainda se transformasse, a bebida permitia que o professor permanecesse no controle durante a lua cheia, evitando assim que atacasse outros humanos quando sua transformação começava. Em contraste a sede de sangue insaciável de Fenrir, Lupin mostrou como os dois eram diferentes entre si, mesmo diante da mesma condição.
Licantropia de Remus Lupin foi subutilizada no universo de Harry Potter

Embora frequentemente explorada por J. K., a condição de Remus Lupin não seria devidamente desenvolvida ao longo da história, com a situação dos lobisomens permanecendo praticamente a mesma do início ao fim da franquia. Além de continuarem à margem da sociedade bruxa, o estigma contra a condição em nenhum momento deu sinais de ter diminuído no mundo da magia, mesmo depois do apoio de Lupin contra os próprios Comensais.
Não apenas isso, sequer Lupin aceitaria de alguma forma sua situação, vivendo em constante vergonha pela condição em que estava. Mesmo entre seus iguais, quando foi enviado por Dumbledore para servir como espião da Ordem, Lupin enfrentou rejeição pelos Licantropos que não o aceitavam por viver entre a comunidade mágica, sendo igualmente rejeitado pelo Ministério da Magia. Após sua morte, não está claro se o preconceito contra lobisomens diminuiu no universo de Harry Potter, com o estigma relacionado a condição parecendo permanecer o mesmo após o final da franquia. Mesmo no contexto simbólico proposto por J. K., a decisão parece pouco esperançosa para o universo da magia, principalmente depois de tudo pelo qual Lupin passou.