Lançado em 2014 pela Universal, Drácula: A História Nunca Contada levou Luke Evans ao papel do icônico Conde Drácula, narrando a história de como o famoso vampiro da literatura ganhou seu conhecido gosto por sangue. Embora não tenha alcançado o sucesso esperado, o filme ainda conquistaria o interesse dos fãs, que se perguntariam se uma continuação não poderia de fato estar a caminho.
Infelizmente, para a tristeza do público, mais de uma década depois, e com poucas informações divulgadas, a realidade parece decepcionante para os fãs do vilão, com uma sequência para o Drácula de Evans dificilmente devendo acontecer. E a culpa disso pode ser de Tom Cruise.
Drácula: A História Nunca Contada 2 não deve acontecer

Apesar das expectativas, uma continuação para o Conde Drácula de Luke Evans não deve acontecer tão cedo. Embora o ator se mostrasse otimista durante o lançamento do filme, falando até mesmo em um “universo compartilhado dos monstros” da Universal (via LRM), a baixa bilheteria e as críticas mistas após a estreia do longa fariam da continuação um sonho distante, principalmente após o fracasso inesperado envolvendo A Múmia, de Tom Cruise.
Ainda que essa ligação possa parecer estranha, o projeto fazia parte do universo compartilhado da Universal, que pretendia ligar histórias clássicas dos monstros em uma espécie de Vingadores da Marvel. Após o fracasso de Drácula, no entanto, o vampiro seria retirado desse universo, com críticas mistas ao lançamento da Múmia acabando de vez com os planos da empresa. Ainda que expectativas para um segundo filme de Evans no papel do conde vampiro sigam vivas até os dias de hoje, a verdade é que parece pouco provável que algo assim aconteça de fato, principalmente com o fim desastroso do ambicioso empreendimento da produtora.
O que aconteceu com o “Dark Universe” da Universal

Inicialmente previsto para começar com Drácula: A História Nunca Contada, o Dark Universe da Universal tinha uma série de filmes planejado para chegar as telonas, indo de clássicos antigos do estúdio como O Monstro da Lagoa Negra, Frankenstein, O Lobisomem e A Múmia, até produções mais recentes como Van Helsing. Na época, rumores apontavam nomes como Dwayne Johnson e Javier Bardem entre os possíveis protagonistas das produções, além do próprio Tom Cruise sendo sugerido para o caçador Van Helsing.
Embora não esteja claro como exatamente isso aconteceria, o sucesso da Marvel com seus filmes interligados parece ter chamado a atenção dos chefões do estúdio, que pareciam confiantes com a nova roupagem envolvendo suas antigas produções. Quando o Drácula de Evans fracassou comercialmente, no entanto, o estúdio dos monstros precisou repensar seus planos, optando por descartar o vampiro e afirmando que o pontapé inicial aconteceria, na verdade, com o filme de Cruise.
Mas isso também não deu certo. Quando o reboot de A Múmia chegou às telonas reformulada a partir da seriedade do conhecido espião, parte do público torceu o nariz com a nova versão, que apesar de angariar uma quantia considerável nas bilheterias mundias (cerca de U$ 409 milhões), ficaria abaixo das expectativas que o estúdio tinha em mente para um filme envolvendo Tom Cruise. Como resultado, o Dark Universe e seu universo compartilhado nunca sairiam devidamente do papel, com o morto-vivo de presas pontiagudas permanecendo adormecido até os dias de hoje.
Como Renfield enterrou de vez o Drácula de Luke Evans

A Múmia não foi a única a jogar uma pá de cal sobre o caixão do vampiro, com a chegada de Renfield, em 2023, deixando claro que a vida do conde na sétima arte não vem sendo fácil no novo milênio. Trazendo Nicolas Cage no papel do icônico vampiro, Renfield foi a primeira aposta do estúdio após a estreia fracassa do Drácula em 2014, e foi também a segunda decepção comercial envolvendo o morto-vivo na última década. A produção, que contou com investimento próximo aos U$ 60 milhões, estimasse ter arrecadado modestos U$ 26 milhões ao longo do globo, resultado abaixo até mesmo dos U$ 217 milhões arrecadados pelo vampiro de Evans.
O resultado, que dificilmente agradou o estúdio, é o segundo em menos de 10 anos há ficar abaixo do esperando envolvendo uma produção do morto-vivo, com o projeto levantando perguntas quanto ao real interesse do público pelo histórico vampiro de Bram Stoker. Nosferatu, vale lembrar, também voltou as telonas recentemente após mais de um século de sua estreia, e ao contrário do seu colega, arrecadou expressivos U$ 180 milhões em bilheteria. Embora os projetos apresentem propostas diferentes entre si, com o Drácula de Cage sendo uma versão cômica da famosa história de terror, os fracassos recentes vem deixando algumas dúvidas quanto ao futuro do personagem nas telas.
E se as coisas parecem complicadas para o próprio vampiro, a situação não é melhor para o Drácula de Evans. Considerando o atual estado do personagem nas telas, e a forma como o Drácula do ator foi rapidamente descartado pela Universal, o futuro de Evans dificilmente deve envolver o icônico vilão, principalmente depois do fracasso desastroso envolvendo o universo compartilhado. Algo que os fãs só podem lamentar.