Não é segredo que Mouch (Christian Stolte) está entre os queridinhos de Chicago Fire, sendo uma figura recorrente entre os episódios e um dos poucos a viver o papel desde o início que a série começou, ainda em 2012. Mas isso por muito pouco não chegou ao fim. Quando o final da décima primeira temporada chegou e Mouch foi enviado para um novo serviço contra as chamas, não foram poucos que seriam surpreendidos quando ele saiu de lá praticamente morto, vítima de um tiro disparado por um grupo de terroristas incendiários – algo não muito comum, mesmo para os padrões da franquia.
Quando a temporada chegou ao fim, Mouch se despediria dela em uma cama de hospital, lutando entre a vida e a morte e deixando as coisas estranhamente perigosas entorno de sua volta. Felizmente, quando uma nova leva de episódios finalmente saiu, o bombeiro já estaria firme e forte em seu trabalho, aparentemente recuperado e pronto para o serviço, algo que parecia bom demais para ser verdade. Mas, afinal de contas, por que Chicago Fire quase matou nosso bombeiro veterano apenas para trazê-lo de volta uma temporada depois?
Chicago Fire não podia matar Mouch, ao menos, não agora
Em meio a despedidas de Matthew Casey, Blake Gallo e até mesmo Gabriela Dawson, ainda na sexta temporada, os fãs de Chicago Fire já estão relativamente bem acostumados com o sentimento de perda, com a morte de mais um personagem central não parecendo algo difícil de acontecer. Mas a verdade é que as coisas não são tão simples assim.
Com o fim do contrato levando antigos atores a deixarem o programa, não é nenhuma surpresa o esforço dos diretores em tentar manter alguns dos seus nomes mais famosos na ativa. Uma mudança brusca de elenco, mesmo que mantendo um roteiro semelhante às temporadas anteriores, pode acabar enfrentando dificuldades com o interesse do público quanto a nova história – principalmente quando a maior parte dos personagens que ele se identificava passam a sumir ou ter seu tempo reduzido dentro da franquia.
Com nomes como Eamonn Walker (Chefe Wallace Boden), Kara Killmer (Sylvie Brett) e Alberto Rosende (Blake Gallo) não retornando para a décima terceira temporada, manter Mouch dentro do time principal se mostraria uma forma segura de manter o senso de novidade sem perder o que já é conhecido, aliando a experiência do antigo veterano aos novos personagens que devem surgir daqui pra frente. Uma decisão definitivamente menos comprometedora que matar um de seus bombeiros mais importantes.
Mouch não seria o primeiro a deixar o programa (e nem o último)
Embora Mouch possa ter escapado da morte desta vez, a verdade é que é pouco provável que esse seja o último problema que nosso veterano deva enfrentar, com mortes e despedidas inesperadas sendo algo já frequente dentro do universo de Chicago Fire. O ambiente caótico, os perigos da profissão e as mudanças de carreira até seriam boas justificativas para essas mudanças, mas a verdade é que as razões para tudo isso parecem estar ligadas a uma única questão: tempo.
Enquanto a franquia cresce e novos episódios chegam ao público temporada após temporada, nossos atores precisam se manter focados, dedicados ao trabalho e completamente imersos a esse universo – restando pouco tempo para outros projetos ou mesmo para a própria família. Por isso, quando um contrato chega ao fim e o ator finalmente tem a oportunidade de decidir seu futuro, não é incomum que a decisão por deixar a franquia acabe sendo tomada, com seu personagem invariavelmente precisando encontrar um fim no programa – seja indo para outro estado ou mesmo para debaixo da terra.
Mouch, é claro, parece não ter sofrido com nenhum desses problemas, já que seu ator Christian Stolte retornaria ao papel do veterano dos bombeiros sem dar sinais de qualquer fadiga em relação à sua franquia – e, ao que depender do público, assim continuará sendo por muitos e muitos anos. Quem quer saber de aposentadoria, afinal?