Com quatro livros e cinco filmes já adaptados para as telonas, a franquia Jogos Vorazes se tornou um verdadeiro clássico mundial, com a escritora responsável pelo projeto, Suzanne Collins, se tornando um dos maiores nomes atuais quando o assunto é uma franquia de sucesso.

Diante do fenômeno que a história se tornou, a origem para o seu surgimento começou a ser questionada, com a escritora decidindo finalmente falar a respeito.

Suzanne Collins fala sobre a origem de Jogos Vorazes

Jogos Vorazes em Chamas
Katniss e Peeta em Jogos Vorazes: Em Chamas. Lionsgate/Divulgação

Em conversa para o The New York Times, Suzane Collins revelou os motivos que a levaram a criação de sua história, e como a junção do acaso e do brilhantismo, tornaram um conceito despretensioso simplesmente gigantesco.

Segundo a escritora, tudo começou com um simples controle remoto, com as trocas de canais causando uma verdadeira epifania à autora.

“uma noite eu estava trocando os canais entre reality shows e imagens reais da Guerra do Iraque, quando tive a ideia. Na época, eu estava concluindo o quinto livro de The Underland Chronicles e meu cérebro estava mudando para qualquer que fosse o próximo projeto. Eu estava lutando com outra história que simplesmente não conseguia respirar.”

The Underland Chronicles, projeto anterior a franquia que viria anos mais tarde, também aborda temas semelhantes aos de Jogos Vorazes, com a ideia ainda ganhando forma na cabeça da escritora. Embora menos conhecido, a franquia foi relativamente um sucesso, ganhando cinco livros.

A escritora completa explicando as razões que a levaram a criação de Jogos Vorazes, e como a ideia de uma revolução contra um governo tirano esteve ali desde o início.

“Eu sabia que queria continuar a explorar a escrita sobre a teoria da guerra justa para o público jovem. Em The Underland Chronicles, examinei a ideia de uma guerra injusta evoluindo para uma guerra justa por causa da ganância, da xenofobia e de ódios de longa data. Para a próxima série, eu queria um mundo completamente novo e um ângulo diferente no debate sobre a guerra justa.”

Ela explica ainda sua definição de “guerra justa”, definindo o que veríamos em Jogos Vorazes como legítimo. Segundo a autora, a luta contra o governo de Panem seria justificada, uma vez que as pessoas eram escravizadas e submetidas a situações sub-humanas. Lutar contra a tirania em uma revolução contra o governo corrupto não seria uma guerra desnecessária, mas uma batalha pela justiça e o que é certo.

Recentemente, a franquia de Jogos Vorazes ganhou uma nova sobrevida para as telonas, com a adaptação do último livro de Collins, A cantiga dos Pássaros e das Serpentes, de 2020, chegando aos cinemas ainda este ano.

Na nova história, conhecemos Lucy Gray Baird, e sua participação nos Jogos pelo distrito 12. A nova produção é um prequel da trilogia que vimos iniciar em 2012, com Jennifer Lawrence no então papel da também participante dos Jogos, Katniss Everdeen.

Agora, Lucy terá como mentor o então jovem Coriolanus Snow, décadas antes de se tornar o líder tirânico de Panem, onde teve o papel de antagonista na primeira trilogia de Jogos Vorazes.

O filme já está disponível nos cinemas de todo Brasil. A data de estreia para os streamings, no entanto, segue uma incógnita.